26 de mai. de 2010

Fascinação.

Alguém tinha que tirar o pó disso daqui e como minha amiga Sumire não o faz...
Eu estava pensando seriamente nas coisas que nos fascinam. Parece tão bobo, mas a simplicidade em si é um encanto. É fascinante. E o que me fascina é essa ladainha toda. A medicina mexe com as pessoas. Eu mal comecei, mas meus sentimentos ampliaram-se, amplificaram-se. A ansiedade, a percepção dos mínimos detalhes, a atenção. Lidar com gente não é fácil. Na segunda-feira fui asistir a colonoscopias e quem diria, notei pacientes assustados por conta de um procedimento tão simples. Fiquei pensando em como é possível haver médicos que não se sensibilizem com isso? A senhora olhava-me com olhos de apelo e eu senti meu coração apertar. O pior de tudo foi a minha completa falta do que fazer naquele momento. E também, como poderia, só estava para assistir e aprender. E se parece que enfiar uma câmera em um lugar por onde supostamente só deveriam sair coisas é inútil, aí que vocês caros leitores se enganam. A doutora que fazia o procedimento achou pólipos (algo como mini-tumores) em não apenas um, mas em dois pacientes. E pasmem, um trequinho tão pequeno, de menos de 3 mm de diâmetro, se ficar por 20 anos no corpo pode vir a se tornar um câncer. Loucura? Não, medicina. Essa minha paixão é o que me fascina. =)