11 de fev. de 2010

A Banalização das Palavras.

Toda noite antes de dormir, eu ligo o meu iPod, fico ouvindo música até tarde e pensando na vida. De vez em quando algum pensamento útil me surge (lol). O de ontem foi, justamente, a importância das palavras, ou a falta de importância atribuída por alguns.
Fico impressionada com a facilidade que as pessoas têm em dizer "EU TE AMO", por exemplo. Por vezes não é necessário mais do que algumas horas de contato para trocarem juras de amor eterno e coisa e tal. Mentira maior não há: dias depois, essas mesmas pessoas mal conversam, sequer se lembram do que disseram. E essa frase, teoricamente tão especial, fica por aí, perdida.
Nada como usar as palavras de uma maneira mais honesta. Dizer "eu te amo" ou algo similar àqueles que realmente merecem, que significam algo pra você. Que permitem a você ver seus corações e almas, os únicos motivos pelos quais deveriam ser amados em primeiro lugar.
Por que, então, parece tão mais fácil fingir palavras para um estranho?
Eu sempre vi a palavra como um presente. Por isso, creio que ela mereça uma importância maior de nossa parte. Certas coisas que você disse ou escreveu, positivas ou negativas, nunca serão esquecidas. Palavras salvam, ou ferem e matam. Ah, e como eu adoro as palavras! :D

6 de fev. de 2010

Ângela.

É como se alguém estivesse observando-a a todo tempo. Como se esse tivesse traçado uma linha para a sua vida. Como se cada decisão, cada ação, cada palavra fosse minuciosamente assistida. Como se as consequências ruins fossem sempre designadas a ela. E Ângela nada pode fazer. É como se tudo estivesse destinado a ocorrer de forma errada para ela. Como se os erros fossem o veredito de Deus. Como se essa situação toda fizesse algum sentido. No final, a solidão sempre prevalece na vida dela. Nunca encontrou alguém em quem pudesse confiar. Insiste em escolher o cara errado pra amar. Tem problemas familiares... constantes e incessantes. Ângela, Ângela, quantas vezes eu já falei? "Não seria a morte melhor do que tudo isso?" Ângela, Ângela, parece que você insiste em esperar o momento em que despedaçar-se-á. Que vida mais "torta" a sua. Você é tão distorcida, tão sem luz, tão invisível. Quero ver até quando você vai manter essa máscara 'de força' em sua face. Ângela, Ângela... quando você vai sucumbir?

Reprovada. (?)

É excesso de decepção, me faz querer rir. Eu sei que sou boa, mas não tenho garra pra lutar por uma pública de medicina, e isso é irritante. Eu nunca quis uma faculdade específica. A parada sempre foi ser médica, mas uma pública caía melhor no bolso. Saber que eu não passei, é doloroso. Saber que o seu esforço não foi o suficiente, é como uma humilhação. Vestibular é um saco. Enem é um saco em dobro. Eu não devia me chatear tanto, afinal, segunda começa definitivamente o ciclo que fará de mim uma médica. E isso também me deixa feliz. Meus sentimentos são sempre paradoxos ambulantes. E de qualquer forma, como me foi dito por alguém especial, "quando eu vou no médico eu não pergunto: ei, deixa eu ver se o seu diploma é de uma federal!" O hospital sim, vai querer saber, convenhamos. Mas tudo bem. O que define um médico não é a faculdade e sim, sua habilidade e paixão. E eu me sinto abençoada de poder ser parte de uma missão tão linda quanto a da medicina. No final das contas, eu vou ser o melhor que puder, em qualquer faculdade. Meu amor pela profissão vai ser mais do que um guia. Eu podia tentar de novo, perder mais um ano esperando por uma pública. Ainda assim, que garantia eu teria de que iria conseguir? Chega de esperar. Meu sonho clama pelo meu corpo e pela minha alma. Eu não desisti da faculdade pública, porque nunca almejei, de fato, uma vaga. Simplesmente deixei pra lá. Orgulho-me de mim mesma por ter sido capaz de ser forte o suficiente pra aguentar a decepção. Orgulho-me por ser capaz de seguir em frente. Posso até sentir a felicidade batendo na minha porta... ;D




Esse post é especialmente pro meu Grande Amor Floral, Sumire, que me aguentou por quase três horas no telefone, chorando, rindo, chorando+rindo e dando agudos de quebrar vidro. E também pro Carlinhos, que conversou comigo e me fez sentir melhor. Amo vocês. :D